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Avaliação de Cultivares de café

Avaliação de Cultivares de café

IMG_1502(Perdões – 16/3/2018) A EPAMIG promoveu nesta semana, no Sul de Minas, dois de campo sobre cafeicultura. Os eventos, realizados nos municípios de São Francisco de Paula e Perdões, tiveram como objetivo apresentar o desempenho de Unidades Demonstrativas de Cultivares de Café instaladas nas propriedades visitadas. “Testamos em quatro municípios da região (Lambari, Perdões, Santo Antônio do Amparo e São Francisco de Paula), as mesmas cinco cultivares de café (Aranãs, Catiguá MG2, Paraíso, Topázio e Catuaí Vermelho 99), plantadas na mesma época e vamos acompanhar o desenvolvimento delas ao longo de três anos. A proposta é que ao final deste período possamos apontar a cultivar mais adequada cada município com base na experiência do produtor daqui”, explica o pesquisador Gladyston Carvalho.

O projeto, implementado com o apoio do Consórcio de Pesquisa Café, em parceria com a Fundação Hanns R. Neumann e a Emater-MG, visa auxiliar produtores de pequeno porte. “Esse trabalho é voltado para o cafeicultor familiar e queremos que aqui ele possa avaliar a situação real das plantas em condições de plantio e manejo semelhantes as dele”, completa Gladyston. Além das Unidades de avaliação das cultivares foram instaladas também unidades de poda e adubação. “Tivemos resultados bastante interessantes em Santo Antônio do Amparo no ano passado”, conta o bolsista da EPAMIG Alessandro Meirelles, responsável pelo acompanhamento das Unidades Demonstrativas.

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José Reis iniciou o plantio de uma nova área com a cultivar Catiguá MG2 – Foto: Erasmo Pereira

Proprietário de um sítio em São Francisco de Paula desde 2012, José Reis foi indicado pelo técnico da Fundação Hanns Neumann, Gustavo Michalsky, para receber a Unidade Demonstrativa da EPAMIG no município. “Com a aposentadoria em 2015, passei a me dedicar mais à propriedade. O Gustavo me disse que a EPAMIG iria fornecer as mudas e adubo e acompanhar a área durante três anos. Houve aqueles que disseram que não ia dar certo, mas eu acreditei que a EPAMIG não ia me propor material ruim. Este ano teremos a primeira colheita e a expectativa é bastante positiva. Gostei muito da Catiguá MG2, que parece ser mais resistente”, conta o produtor, que já está expandindo a área plantada. “Adquiri recentemente novas mudas dessa variedade”.

“Fizemos o plantio em 2016. Aqui na propriedade do José Reis, realizamos também estudos com cobertura do solo, análise de solo e folha, manejo de mato sem uso de química e trabalhamos em conjunto, trocando informações, com a equipe da EPAMIG”, explica o técnico Gustavo Michalsky.

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Maria Rosa quer produzir cafés especiais – Foto Erasmo Pereira

Moradores da Comunidade de Cachoeira dos Coelhos na região de São Francisco de Paula, Maria Rosa e o marido participam de dias de campos e reuniões técnicas e têm interesse em plantar uma nova variedade de Café. “A vida inteira trabalhei com a lavoura e com abelhas, colhendo propólis e mel. Quero produzir café especial e estou sempre em busca de novidades. Vamos a todos os eventos que somos convidados em diferentes municípios da região”, afirma a produtora.

O evento em São Francisco de Paula, no dia 15 de março, contou com estações sobre as cultivares de café, adaptação às mudanças climáticas e manejo broca. No dia 16, em Perdões, o evento aconteceu na propriedade de Arnando Antônio Carvalho, que há 12 anos assumiu a gestão dos cafezais da família. “O desenvolvimento das variedades, especialmente da Aranãs e da Catiguá MG2, tem sido bastante satisfatório. Pretendo expandir a área dessas cultivares e estou ansioso para provar a bebida. Tenho interesse de participar de concursos e mostrar nosso café para o mercado”, revela o produtor.

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Arnando quer participar de concursos de qualidade da bebida – Foto Erasmo Pereira

No dia de campo, além de cultivares e mudanças climáticas, foram abordados os temas adubação fosfatada e manejo da lavoura e qualidade do café. “O Programa de Melhoramento Genético do Café, provocado pela chegada da ferrugem ao Brasil na década de 1970, tem atuado na obtenção de variedades resistentes ou tolerantes a doenças. Hoje podemos afirmar que o controle genético é o mais recomendável, barato, seguro e o que melhor atende as exigências do mercado”, afirma a pesquisadora Sara Chalfoun.

 

 

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