(Belo Horizonte, 11.10.2017) A pesquisadora da EPAMIG Marinalva Woods palestrou nesta terça-feira (10) sobre o cultivo de hortaliças não convencionais em pequenos espaços e ambientes urbanos durante aula optativa do curso de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). O evento “Dia do Plantio” é resultado de uma parceria entre a UFMG e EPAMIG para o projeto “Telhados Verdes”, que tem a intenção de cobrir de plantas os telhados da universidade.
O Dia do Plantio é o marco de um projeto de extensão realizado pela disciplina de Direito Agroalimentar, sob coordenação da professora Fabiana de Menezes. A palestra foi ministrada em dois horários e reuniu cerca de 60 pessoas. Segundo Marinalva, o plantio de hortaliças não convencionais foi se tornando cada vez mais escasso à medida que famílias que habitavam ambientes rurais iam se mudando para as metrópoles, deixando para trás costumes familiares e culturais e consumindo cada vez mais produtos industrializados. “Quando nos propomos a conhecer novos sabores, estamos abertos a novos saberes” disse ela sobre a importância de restaurar o plantio dessas hortaliças.
Para a pesquisadora, o curso foi uma oportunidade de falar sobre o consumo consciente das hortaliças convencionais e não convencionais e plantas medicinais, além de valorizar o conhecimento do produtor que investe nesse trabalho. Almeirão-de-àrvore, araruta, azedinha, bartalha, cansanção, capiçoba, capuchinha, cará-do-ar, caruru, chuchu-de-vento, feijão-mangalô, inhame, jacatupé, jurubeba, mangarito, ora-pro-nóbis, peixinho, serralha, taioba, taro e vinagreira são algumas das hortaliças não convencionais que foram apresentadas no curso.
Para a professora Fabiana de Menezes, a oficina teve como objetivo dar visibilidade para o direito agroalimentar e salientar a importância da sustentabilidade para a restauração e preservação dos ambientes. Já para o estudante de direito Bruno Cornwall, a ideia é interessante pois também visou cobrir o terraço do prédio da Faculdade, localizado na região Central de Belo Horizonte, que não tem vegetação.
Fotos: Leonardo Leles
