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Encontro apresenta resultados de pesquisas para a cafeicultura no Cerrado Mineiro

Encontro apresenta resultados de pesquisas para a cafeicultura no Cerrado Mineiro

Federação dos Cafeicultores do Cerrado, EPAMIG e parceiros realizam o evento pelo segundo ano consecutivo. Foco é a qualidade do café.

Patrocínio (20/04/2017) – A segunda edição do Encontro de Inovação e Tecnologia para a Cafeicultura no Cerrado Mineiro, parceria entre Federação dos Cafeicultores do Cerrado, Fundaccer e EPAMIG, será realizada no dia 27 de abril, no Campo Experimental da Empresa, em Patrocínio.

O Encontro tem como objetivo contribuir para o desenvolvimento da Região do Cerrado Mineiro,  da integração da pesquisa e do setor produtivo, da geração de conhecimento aplicado e inovador. Na parte da manhã, serão realizadas cinco estações de campo, com temas, como nematoides, manejo de plantas daninhas, dentre outros. Uma das estações de destaque é a apresentação de uma nova cultivar desenvolvida pela EPAMIG, a MGS Araponga 2. “É uma cultivar com características importantes para a cafeicultura do Cerrado Mineiro, como a resistência a ferrugem, alta capacidade produtiva, boa qualidade da bebida, além de ser uma planta com alto vigor”, explica o pesquisador da EPAMIG Gladyston Rodrigues Carvalho.

No período da tarde, em três salas, especialistas irão falar sobre defeitos no café, mulheres no mercado de cafés de alta qualidade e manejo de doenças e pragas. Um grande debate sobre os caminhos para a produção de cafés de qualidade no Cerrado Mineiro com a participação de grandes nomes da cafeicultura, irá encerrar o evento. programação Encontro Cafeicultura do Cerrado Mineiro

A entrada no evento é gratuita, porém é necessário o pré-credenciamento. A relação dos locais para inscrição está divulgada no site do evento. O Encontro tem o apoio do Sebrae, Unicerp, Emater-MG e Consórcio Pesquisa Café, Inova Café.

 

Parceria gera resultados

Pesquisas realizadas pela EPAMIG, em parceria com a Federação dos Cafeicultores do Cerrado, busca identificar materiais genéticos de café mais adaptados para diferentes microrregiões do Cerrado Mineiro. Foram implantadas Unidades Demonstrativas em 29 propriedades para observar como esses materiais se comportam em resistência a doenças, produtividade e qualidade de bebida. Foram plantadas 12 cultivares em cada fazenda, sendo nove dessas desenvolvidas pela EPAMIG e três de outras instituições.

Equipe técnica em visita aos experimentos de café

A equipe técnica composta por pesquisadores da EPAMIG e técnicos da Fundação acompanha o tipo de manejo adotado nas fazendas e faz o levantamento dos dados sobre o desenvolvimento de cada cultivar e sua adaptação em cada propriedade.  Ao final do projeto, será possível identificar qual cultivar se adaptou melhor em cada propriedade. Os resultados serão compartilhados com cerca de 4.500 produtores do cerrado mineiro, região que possui 55 municípios pertencentes à Denominação de Origem.

Na fazenda Santiago, em Patos de Minas, foi disponibilizado um hectare para a implantação do experimento. De acordo com o administrador da propriedade, Lázaro Pedro da Silva (Gaspar), que trabalha há quase 20 anos nesta atividade, a pesquisa da EPAMIG influenciou muito no desenvolvimento da cafeicultura. “As variedades estão mais resistentes às pragas e produzindo melhor. Estamos precisando de chuva para que as cultivares do projeto se desenvolvam mais, porém mesmo nesta realidade de seca, as plantas estão se desenvolvendo muito bem”, avalia. Dos 370 hectares de café plantados na propriedade, no sistema sequeiro, 80 são da cultivar Topázio, desenvolvida pela Empresa. “É uma variedade que se adapta muito bem aqui, por isso, ocupa a maior parte da fazenda”, comenta.

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