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EPAMIG apresenta estratégias para controle dos agentes causadores da Tristeza Parasitária Bovina

EPAMIG apresenta estratégias para controle dos agentes causadores da Tristeza Parasitária Bovina

Assunto foi tema de um curso promovido, em parceria com a UFMG, durante a Semana de Integração Tecnológica

(Prudente de Morais – 8/5/2025) A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) trabalham no desenvolvimento de estratégias para monitoramento, tratamento e controle dos agentes causadores e transmissores da Tristeza Parasitária Bovina – TPB.

O complexo de doenças é causado por dois agentes parasitários, Anaplasma e Babesia, que são transmitidos por carrapatos e insetos hematófagos, como moscas e pernilongos. Os parasitos podem agir juntos ou de maneira isolada e causar prejuízos e perdas no rebanho.

“A TPB é um complexo de enfermidades muito prevalente, que ocorre com muita frequência em todo o Brasil, especialmente aqui em Minas Gerais. Causa anemia, imunossupressão, falta de apetite e redução de índices produtivos, como ganho de peso, produção de leite e eficiência reprodutiva na pecuária bovina de corte e de leite”, destaca o pesquisador da EPAMIG Daniel Sobreira.

Na quarta-feira, 7 de maio, Daniel Sobreira e a professora da UFMG Camila de Valgas e Bastos apresentaram formas de identificação e controle da enfermidade. O curso teórico e prático realizado no Campo Experimental Santa Rita, da EPAMIG, em Prudente de Morais, fez parte da programação da Semana de Integração Tecnológica (SIT), promovida pela Embrapa Milho e Sorgo.

“O objetivo foi trazer uma especialista para falar um pouco sobre biologia, epidemiologia, tratamento, diagnóstico e controle. E, demonstrarmos na prática a coleta de sangue para a confecção do esfregaço sanguíneo, que é uma técnica de diagnóstico importante para monitorar o grau de anemia dos animais”, explicou Daniel Sobreira.

Além de aprenderem as técnicas para a coleta de sangue na jugular e nas pontas das orelhas e rabo, os participantes do curso puderam observar ao microscópio amostras de hemácias parasitadas com os agentes Anaplasma e Babesia.

Desenvolvimento de anticorpos

A professora da UFMG Camila de Valgas e Bastos chamou a atenção para o fato de que o objetivo do trabalho não é eliminar os agentes e transmissores, mas sim promover uma exposição controlada dos animais, especialmente bezerros, aos parasitos para que eles desenvolvam anticorpos que os tornem mais resistentes.

“O bezerro é mais resistente que o gado já formado, por isso, é interessante que já nos primeiros dias ele seja exposto a uma pequena quantidade de carrapatos para que haja imunização pelos anticorpos do colostro”, explica.

 

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