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Planejamento da rotina de manejo de pastagens no período chuvoso

Planejamento da rotina de manejo de pastagens no período chuvoso

(Belo Horizonte – 11/12/2020) O período chuvoso é a fase mais adequada para a realização de atividades essenciais para as propriedades rurais, como plantio e adubações. Nesta época, em que as tarefas costumam ser mais intensas, os pecuaristas precisam planejar as ações de modo a não comprometer outras práticas necessárias, como alerta o pesquisador da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), Adriano Guimarães.

“Nas fazendas, o acúmulo de atividades no início das águas requer estudo prévio e estratégias de gestão eficientes visando não sobrepor tarefas. Visto que, muitas vezes há a ocorrência simultânea de práticas pecuárias, como a vacinação do rebanho, por exemplo”, destaca.

O pesquisador lembra que ainda que o período das chuvas seja bem definido na região tropical que abrange o estado de Minas Gerais, não há como precisar o início período das precipitações.  “Não são raros os atrasos que podem impactar sobremaneira tarefas cruciais na propriedade. O ano em curso é um exemplo típico e esse fato foi marcante em algumas regiões específicas. É preciso estar preparado também para isso”.

Dentre os imprevistos que devem ser considerados, Adriano chama a atenção para fatores como o atraso e o excesso de precipitações. “Nem sempre as atividades planejadas são executadas no tempo programado afetando o cumprimento das metas e serviços agendados. A que se considerar o atraso na chegada das chuvas; o solo encharcado impedindo mecanização; o atraso nas revisões de máquinas e implementos; falhas em operações como preparo do solo, dessecação e plantio, atraso na aquisição e entrega de insumos diversos (fertilizantes, sementes, defensivos, etc.); quebra ocasional de máquinas, dentre outros”.

O planejamento deve considerar ações nas áreas de pastagens e de plantio, como as enumeradas pelo pesquisador, a seguir:

Áreas de pastagens:

– Promover com antecedência a manutenção e os ajustes necessários nas cercas divisórias bem como corredores e áreas de lazer/descanso. Substituir mourões estragados, verificando com atenção as áreas mais acidentadas, de maior desnível do solo, bem como os locais onde há grande distanciamento entre os mourões e estacas.

– Verificar as condições dos bebedouros e, caso necessário, realizar os reparos devidos nos encanamentos, substituições de boias, etc. Programar a rotina de higienização.

– Realizar o controle químico de invasoras associado à recuperação da planta forrageira.

– A adubação deve ser realizada preferencialmente logo após o pastejo.

– Adubação exige refinamento no manejo do pastejo.

– Realizar a transição dos animais do cocho ao pasto de maneira gradativa.

– Sugere-se, ainda, realizar a manutenção dos corredores deixando-os limpos sem a presença de pedras, tocos ou demais obstáculos evitando-se não machucar os animais ao transitarem.

Áreas de plantio

– Ter conhecimento do histórico das áreas e os solos já corrigidos.

– Verificar com antecedência as máquinas e os implementos realizando ações diversas como reparos, lubrificação dos componentes, calibragem dos pneus, abastecimento e regulagem com o intuito de prevenção de danos, atraso nas operações e máxima eficiência.

– Definir espécie (s) e cultivar(es), nível de adubação, stand de plantas e época de semeadura.

– Bom preparo do solo e, no caso de plantio direto, realizar com eficiência a operação de dessecação tomando-se o cuidado com o manejo de herbicidas evitando possíveis injúrias na(s) cultura(s).

 – Atentar para os detalhes que conferem plantabilidade ou qualidade de semeadura: velocidade de plantio, profundidade de semeadura, vigor e homogeneidade de sementes, tratamento, uso de grafite, etc.

“Treinar e motivar a equipe embutindo o conceito de comprometimento pode ser o diferencial para se chegar aos resultados esperados. Definitivamente, planejamento continua sendo a palavra de ordem”, conclui Adriano.

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