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EPAMIG aprimora rebanhos bovinos e fortalece a produção de carne e leite em Minas

EPAMIG aprimora rebanhos bovinos e fortalece a produção de carne e leite em Minas

Programas como o Pro-Genética e o Pró-Fêmeas proporcionam aos pequenos e médios produtores possibilidades de aumento de renda e melhoria da produtividade

(Belo Horizonte – 19/6/2019) Segundo um relatório publicado pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Minas Gerais é o maior produtor de leite do Brasil. O estado é responsável pela produção de 26,1% da bebida consumida em todo território nacional. Minas também ocupa a vice-liderança no ranking efetivo de rebanhos de bovinos do país, atrás apenas do estado de Mato Grosso.

Para avançar ainda mais no setor agropecuário que injeta milhões na economia, Minas Gerais possui uma política pública de melhoria da qualidade genética do rebanho bovino comercial do estado. Os Programas Pró-Genética e Pró-Fêmeas atuam na criação de fluxos de comércio entre produtores e pecuaristas e na transferência de conhecimento para os participantes por meio de cursos, seminários e dias de campo.

Foto: Divulgação

Os Programas, uma iniciativa da Seapa em parceria com empresas vinculadas, associação de criadores e representantes do setor privado, surgiram da dificuldade de aproximar animais melhoradores e pequenos produtores do estado. Por meio deles são organizadas feiras e leilões onde os animais de genética superior são disponibilizados com uma política de crédito facilitada e financiamento com juros mais baixos.

Leia também: Pró-Genética e Pró-Fêmeas já têm calendário de eventos para 2019.

Segundo a chefe do Departamento de Pesquisa da EPAMIG, Beatriz Cordenonsi, a participação da empresa nas feiras e leilões do Pró-Genética e do Pró-Fêmeas permite que a empresa cumpra o importante papel social de difundir as tecnologias produzidas e melhorar a vida do pequeno e do médio produtor.

“Quando o proprietário adquire animais melhorados intuitivamente começa a melhorar o sistema de criação. Ele percebe que chega um animal melhor na fazenda e se preocupa mais com a nutrição, com a gestão dos resultados, com a melhoria das pastagens. Os programas desencadeiam uma sucessão de melhorias para o produtor”, afirma Beatriz.

De acordo com o técnico agrícola da EPAMIG, Flávio Xavier, as feiras são o momento exato em que os Programas cumprem sua finalidade com relação à sociedade. “As feiras vêm para agregar valor ao pequeno produtor que passa a ter acesso a um animal que antes ele não tinha”, explica.

Além de participar de feiras e do comitê gestor do Pró-Genética e do Pró-Fêmeas, a EPAMIG também atua na criação e na seleção de animais geneticamente melhorados. O rebanho Gir Leiteiro da empresa, presente no Campo Experimental Getúlio Vargas, em Uberaba, possui mais de 70 anos de trabalhos com seleção genética, pautada em critérios técnicos. Por meio de pesquisas contínuas, os touros do gado de Uberaba são mais produtivos, férteis, longevos e resistentes a doenças e parasitas, o que resulta em uma relação custo-benefício mais eficiente.

Foto: Divulgação

Para o chefe da EPAMIG Oeste, Fernando Franco, para os pequenos produtores os impactos da aquisição de animais melhoradores de rebanhos são muito grandes. “O pequeno produtor deixa de vender animais não tão bons para vender animais de ótima qualidade com uma margem de lucro bem maior. E isso ajuda a melhorar a autoestima do produtor, que deixa de achar que isso é uma realidade distante dele”, declara Fernando.

Dentro do Campo Experimental da EPAMIG, a seleção de reprodutores (machos) e matrizes (fêmeas) melhoradores ocorre por meio de critérios rígidos. Somente os animais de maior valor genético, resistentes a doenças e com índices de produção mais elevada, são selecionados e comercializados.

Segundo um estudo encomendado pela Seapa a pesquisadores da Universidade Federal de Viçosa (Ufv), os produtores que são beneficiados pelo Pró-Genética demonstram satisfação com o Programa. De acordo com questionários aplicados diretamente aos produtores, 77% dos entrevistados alegou melhorias na produção em decorrência da aquisição de touros geneticamente melhorados.

Na avaliação de Beatriz Cordenonsi, o sucesso da política se dá, sobretudo, pelo cuidado destinado a esses produtores. Após a compra, eles são assistidos e têm na EPAMIG um parceiro com quem conversar e tirar dúvidas para melhorar ainda mais a qualidade dos rebanhos.

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