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EPAMIG implanta Centro de Referência em Ressocialização

EPAMIG implanta Centro de Referência em Ressocialização

Foto: Milene de Paula
Foto: Milene de Paula

Em parceria com o Poder Judiciário de Minas Gerais – Comarca de Sete Lagoas e a Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (APAC), EPAMIG implanta Centro de Referência em Ressocialização, Extensão e Pesquisa e Aquicultura Intensiva e Integrada (Crepai), em Sete Lagoas.

(Belo Horizonte – 26/01/2018) Uma importante parceria entre a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), o Poder Judiciário de Minas Gerais – Comarca de Sete Lagoas e a Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (APAC) de Sete Lagoas, resultou na elaboração e construção do Centro de Referência em Ressocialização, Extensão e Pesquisa e Aquicultura Intensiva e Integrada (Crepai), que está em fase de implantação e deve entrar em funcionamento no mês de fevereiro.

O Crepai consiste na implantação de módulo produtivo baseado no sistema de recirculação de água, no qual há o tratamento e reutilização da água de forma contínua.   No Centro, foram instalados sete tanques suspensos de cultivo recria, uma estação de tratamento de efluente (ETAqua) e uma estação de separação de lôdo. Os materiais sólidos e parte dos efluentes resultantes do tratamento da água destinam-se para o uso na compostagem (adubo sólido para plantas) e fertirrigação de culturas agrícolas de valor comercial e para uso dos próprios recuperandos, como no caso das plantas medicinais e ervas aromáticas. A dinâmica de operação otimizada, possibilitará o reaproveitamento da água de cultivo e seu retorno aos tanques com peixes. O local terá capacidade de produção média de 200 kg de tilápia por mês.

Foto: Milene de Paula
Foto: Milene de Paula

De acordo com o pesquisador da EPAMIG e coordenador do projeto, Giovanni Resende de Oliveira, no sistema de recirculação a produtividade pode ser até 40 vezes maior do que em um sistema de viveiro escavado na modalidade semi-intensiva com baixa renovação de água e sem uso de aeradores. “A expectativa é que no primeiro mês do funcionamento, o projeto comece a operar um tanque de recria. A partir daí, mês a mês, os demais tanques destinados para as fases de crescimento e engorda serão abastecidos com os juvenis” explica.

O Centro de Referência em Ressocialização, Extensão e Pesquisa e Aquicultura Intensiva e Integrada, conta com uma área total de 250m². Nesta primeira etapa, 3 recuperandos atuarão nas estações, sendo 2 na rotina diária e 1 como substituto em fins de semana, folgas ou saídas programadas. “A ideia é que em até sete meses após a implantação todos os tanques de cultivo estejam povoados com lotes de peixes de diferentes fases (pesos médios). Ao final do sétimo mês, deve acontecer a primeira despesca”, completa Giovanni.

De acordo com a APAC, inicialmente, os peixes produzidos serão destinados a alimentação dos recuperandos, mas, após ampliação, há possibilidade de repasse da produção para a merenda escolar municipal.

Capacitação técnica

O Crepai será um espaço para capacitação tanto dos recuperandos, quanto para produtores, técnicos e interessados em conhecer e possivelmente implantar o sistema de criação de peixes.

Segundo a APAC, após a capacitação e aprimoramento das técnicas de cultivo, existe a possibilidade de tornar a atividade comercial, o que pode gerar renda para os recuperandos e suas famílias, além da possível implantação do Crepai em outras APAC’s.

 

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