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EPAMIG promove webinário sobre hortaliças Panc

EPAMIG promove webinário sobre hortaliças Panc

Evento online vai debater o resgate, a pesquisa e uso culinário das plantas

(Belo Horizonte – 2/9/2020) – A Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) realiza entre os dias 9 e 11 de setembro, o webinário Hortaliças Panc em Minas Gerais. O evento vai reunir pesquisadores, extensionistas, professores universitários e culinaristas em um debate sobre os trabalhos para o resgaste da produção de Plantas Alimentícias Não Convencionais, as pesquisas desenvolvidas e as ações para o cultivo, a difusão e o consumo dessas espécies. As inscrições, gratuitas, podem ser feitas na seção de eventos do Portal da EPAMIG. As vagas são limitadas a 250 participantes.

A pesquisadora da EPAMIG Marinalva Woods destaca que esse é o primeiro evento em Minas Gerais com essa abordagem. “Vamos trazer um panorama histórico do resgate das hortaliças não convencionais no Estado. Há uma diversidade de linhas pesquisas e ações com o tema hortaliças não convencionais ou Panc, que vão da manutenção das espécies, manejo e tratos culturais, aos usos pela indústria alimentícia e aspectos da comercialização e consumo. Considerando também o potencial destas hortaliças para o enriquecimento da alimentação e para a diversificação da produção”, explica.

A programação será dividida em três eixos temáticos e terá início sempre às 17h. No dia 9 de setembro, o tema será “O Resgate das Hortaliças Panc em Minas Gerais”. As palestras destacarão ações realizadas pela EPAMIG, pela Emater-MG e pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. A moderação será da pesquisadora Simone Reis, coordenadora do Programa Estadual de Pesquisa em Flores, Hortaliças e Plantas Medicinais da EPAMIG.

Na palestra “A identidade das Pancs: o papel do Herbário PAMG/EPAMIG”, a pesquisadora e curadora do Herbário PAMG, Andréia Fonseca, vai falar sobre o trabalho realizado para identificar as Panc e quaisquer outros tipos de planta. “A identificação consiste em localizar essa planta dentro de um sistema de classificação existente, usando características morfológicas que vão agrupá-las em conjuntos que seguem uma ordem taxonômica: espécie, gênero, família, classe, ordem, filo. Quando a planta não consta no sistema de classificação, é então considerada uma “espécie nova” para a ciência e deve ser amostrada, tipificada, descrita, nomeada, conforme normas da botânica sistemática. Essa descrição deve ser publicada em periódico científico da área”, enumera.

Capuchinha é uma Panc com propriedades medicinais – Foto Divulgação EPAMIG

No dia 10, o foco será “As pesquisas com Hortaliças Panc em Minas Gerais”, com apresentações de profissionais da EPAMIG e das universidades federais de Viçosa (UFV), de São João del-Rei (UFSJ), e de Minas Gerais (UFMG). O moderador será o pesquisador da EPAMIG Sanzio Vidigal. A produção e o consumo serão o assunto no dia 11 de setembro, com palestras da pesquisadora da EPAMIG Maria Regina de Souza, dos extensionistas da Emater- MG, na região de Juiz de Fora, Cândido Antônio da Silva e Ana Helena Camilotto, do coordenador de Alimentos e Bebidas do Senac, Michael Abras, e da culinarista Rose de Deus. A mediação será da pesquisadora Marinalva Woods.

Pesquisas da EPAMIG sobre Panc

As Plantas Alimentícias não Convencionais (Panc) abrangem espécies tradicionais que eram facilmente encontradas em quintais e hortas domésticas e que com o passar do tempo perderam espaço de mercado e deixaram de ser consumidas por parte da população. As pesquisas têm ajudado na identificação dessas hortaliças que fazem parte da tradição culinária de diferentes regiões de Minas Gerais e do Brasil e proposto a retomada do cultivo e do consumo.

Leia mais: EPAMIG estuda alternativas de cultivo de taioba em diferentes condições de exposição ao sol

Os trabalhos da EPAMIG com Panc começaram em 2008, com a implantação do primeiro Banco de multiplicação e conservação de sementes e mudas de hortaliças não convencionais, montado no Campo Experimental de Santa Rita, em Prudente de Morais. O projeto foi conduzido pela pesquisadora Maria Helena Tabim Mascarenhas, que se aposentou recentemente.

Azedinha é uma das espécies contempladas pelos estudos – Foto Divulgação EPAMIG

Os estudos contemplam espécies como araruta, azedinha, batata-doce, ora-pro-nobis, vinagreira (ou hibisco), dentre várias outras. E destacam também a importância da correta identificação e do modo de preparo para a segurança do consumidor final. Algumas dessas hortaliças parecem-se com plantas que não são comestíveis ou podem ser tóxicas se consumidas cruas. Um exemplo é a taioba que sempre deve ser consumida cozida ou refogada.

Confira a programação.

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