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Secretaria de Agricultura cobra ações para ressarcimento aos produtores de Brumadinho

Secretaria de Agricultura cobra ações para ressarcimento aos produtores de Brumadinho

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Pesquisas e monitoramento vão propor ações de recuperação para produção rural em Brumadinho. Força tarefa é integrada por entidades de pesquisa agropecuária, fiscalização e extensão rural

BELO HORIZONTE (06/02/2019) – A secretária de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Ana Maria Valentini esteve, nesta terça-feira (05/2), em Brumadinho, em uma reunião com representantes da mineradora Vale para discutir as ações que servirão como base para o levantamento dos prejuízos causados, direta e indiretamente, aos produtores rurais atingidos pelo rompimento da barragem da Mina de Córrego do Feijão, e posterior pagamento das indenizações.

Ao fim da reunião, Ana Maria Valentini disse que continuará acompanhando de perto todas as ações realizadas no sentido de resguardar os direitos dos produtores rurais. “Nós, da Seapa, estamos trabalhando intensamente junto com nossas vinculadas para trazer apoio não apenas aos produtores de Brumadinho, mas a todos aqueles que foram atingidos na bacia do rio Paraopeba”, esclareceu a secretária.

Outras ações

Dando prosseguimento à agenda da Seapa, também nessa terça (05/02), em Belo Horizonte, um grupo estratégico de pesquisas e monitoramento foi formado para propor ações imediatas visando à retomada das atividades agropecuárias nas áreas atingidas pelo rompimento da barragem de Brumadinho. Além de representantes da Secretaria e de suas vinculadas – EpamigEmater e IMA -, o grupo conta com pesquisadores da Embrapa Meio Ambiente, Embrapa Solos e Embrapa Milho e Sorgo, além do apoio de funcionários da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (Semad), Policia Federal, Ibama, Polícia Civil, ICMBio e Universidade Federal de Minas Gerais.

“Num primeiro momento, o trabalho será focado em traduzir os dados de qualidade de água, que já estão sendo liberados por órgãos como a COPASA, IGAM e a própria companhia Vale, para uma análise minuciosa e mais frequente focada no uso em atividades agrícolas”, explica o diretor técnico da Epamig, Trazilbo de Paula. A Epamig também vai disponibilizar apoio no monitoramento da água por meio de imagens de alta precisão, captadas por veículos aéreos não tripulados (VANT´s), que medem qualidade e turbidez da água utilizando espectrometria. A sequência do trabalho prevê a elaboração de um projeto que vai estabelecer propostas concretas, como a aplicação de tecnologias, métodos e processos com o objetivo de ajudar na retomada das atividades agrícolas dos municípios atingidos.

Monitoramento animal

Um trabalho de monitoramento animal também está sendo desenvolvido. Em bovinos, serão efetuadas três coletas de materiais biológicos, em datas específicas que marcam o período imediato ao desastre, 60 dias e 180 dias após. Além de Brumadinho; Betim, Cachoeira da Prata, Caetanópolis, Curvelo, Esmeraldas, Felixlândia, Florestal, Igarapé, Inhaúma, Juatuba, Maravilhas, Mário Campos, Papagaios, Pará de Minas, Paraopeba, Pequi, Pompeu, São Joaquim de Bicas e São José da Varinha serão os municípios em que serão realizadas este monitoramento. Também serão coletadas amostras em Belo Vale e Moeda, municípios localizados antes do rompimento da barragem, para definição de de marco zero.

Os animais expostos ao rejeito de lama serão avaliados quanto à contaminação por metais pesados. As coletas serão iniciadas pelo IMA até a próxima sexta, 8 de fevereiro, e as análises serão realizadas em laboratórios credenciados da rede privada. Os resultados serão divulgados em alinhamento de informações entre o governo estadual, a UFMG e o Laboratório Nacional Agropecuário do Mapa (LANAGRO).

Em consonância com as análises de água, está sendo executado um acompanhamento em ictiologia e piscicultura. Em reuniões anteriores com pesquisadores e técnicos foram definidos os pontos de coleta e parâmetros físicos, químicos e biológicos. As coletas para piscicultura, que vão investigar a qualidade da água e a situação toxicológica dos peixes, serão feitas em propriedades rurais cadastradas pelo IMA.

Análises preliminares, feitas por empresas contratadas pela Vale, serão reunidas aos levantamentos produzidos por instituições como a Agência Nacional de Águas (ANA), Copasa, Igam e Fundação da Mata Atlântica. Após o recebimento dessas informações, o Governo de Minas Gerais vai avaliar os resultados para validar ou não os planos de atuação.

 

Com ASCOM Seapa

Foto: ASCOM Seapa

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