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Tecnologia EPAMIG possibilita cultivo de morangos orgânicos no semiárido mineiro

Tecnologia EPAMIG possibilita cultivo de morangos orgânicos no semiárido mineiro

De acordo com uma lista divulgada pela Agência Nacional da Vigilância Sanitária (Anvisa), o morango é o segundo alimento com maior índice de contaminação por agrotóxico no Brasil. Por meio do Programa de Análises de Resíduos de Agrotóxicos de Alimentos, a Anvisa analisou mais de 2500 amostras de 18 tipos de alimentos diferentes. Segundo os resultados das pesquisas, quase um terço dos vegetais mais consumidos no Brasil apresenta elevado teor de agrotóxicos em suas composições.

Foto: Erasmo Pereira

Desde 2001 a EPAMIG realiza pesquisas com morangos no Norte de Minas, região do semiárido, com o objetivo de possibilitar o plantio da fruta em regiões de clima quente e seco. Por meio de experimentos conduzidos pela empresa, pesquisadores da EPAMIG concluíram que as altas temperaturas são fatores importantes para produção de morangos com uma redução drástica do número de agrotóxicos, isso porque o clima quente e seco inibe o desenvolvimento de doenças nas frutas.

“As condições climáticas da região do Norte de Minas propiciam a produção de morangos sem o uso de agrotóxicos. Quando há alguma ocorrência de pragas ou doenças, conseguimos combater por controle biológico”, explica o pesquisador da EPAMIG, Mário Sérgio Dias.

O pesquisador explica ainda que o morango se encaixa perfeitamente no sistema de agricultura familiar que predomina no semiárido Norte mineiro, sobretudo nos perímetros irrigados do Jaíba e do Gorutuba, nos municípios de Jaíba e Nova Porteirinha. Somente na região Norte de Minas, a EPAMIG já testou 20 variedades de morangos de diversas localidades do mundo.

Mário Sérgio Dias afirma que o sistema adequado de irrigação de morangos e as variedades com potencial tanto para a produção de mudas, quanto para a produção de frutos já é uma realidade na região do Norte do estado. “Até o momento, as cultivares Oso Grande, Dover, Camarosa e Tudla são as que mais apresentam um bom potencial de produção e comercialização na região”, destaca o pesquisador.

Foto: Erasmo Pereira

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