Você está aqui:
Nova estação meteorológica da EPAMIG em Maria da Fé acompanha dados climáticos em tempo real

Nova estação meteorológica da EPAMIG em Maria da Fé acompanha dados climáticos em tempo real

Implantação favorece a realização de pesquisas em olivicultura e foi possibilitada por projetos financiados pela Fapemig

(Maria da Fé – 17/6/2025) O inverno chega oficialmente na próxima sexta-feira, 20 de junho, e ondas de frio já têm sido registradas em diversas partes do país. Em Maria da Fé, município mineiro conhecido pelas baixas temperaturas e pela produção de azeites de oliva, pesquisadores e produtores acompanham com atenção a evolução do frio, essencial para a formação dos frutos da oliveira.

A partir de agora, o Campo Experimental da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG) na cidade conta com uma novidade para auxiliar nos trabalhos. A primeira das três estações meteorológicas projetadas para a Unidade, entrou em funcionamento no último mês e permite acompanhamento de dados climáticos em tempo real.

“São três novas estações meteorológicas adquiridas com recursos de dois projetos de pesquisa financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). O objetivo é estudar a fisiologia de cultivares de oliveira em condições climáticas contrastantes para entender como as árvores respondem a esses ambientes variados”, explica Pedro Moura, coordenador do Programa Estadual de Pesquisa em Olivicultura da EPAMIG.

Os projetos “Impulsionamento das cadeias produtivas de azeite e frutas temperadas no sul de Minas Gerais” e “Avaliação de parâmetros fisiológicos da oliveira: impactos climáticos e perspectivas para a produção de azeite no sul de Minas Gerais” foram aprovados em 2024.

Os trabalhos contam com a participação de profissionais das universidades federais de Lavras (Ufla), Itajubá (Unifei) e Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM). E também contarão com o envolvimento de bolsistas em Ciência, Tecnologia e Inovação, e estudantes de graduação e pós-graduação nas pesquisas.

“Os professores irão contribuir com conhecimento técnico em áreas específicas do projeto. Os pomares experimentais, unidades demonstrativas e laboratórios das universidades poderão ser utilizados, em conjunto, para análises e levantamento de dados experimentais”, acrescenta Pedro Moura.

O frio

O frio é importante para a indução floral e produção da oliveira. “O inverno é um período em que a planta tem uma redução do seu metabolismo. Esse acúmulo de horas de frio induz uma maior carga floral, que pode resultar numa maior produção de frutos”, descreve o pesquisador.

As pesquisas em andamento buscam compreender como as variações climáticas influenciam o crescimento, desenvolvimento e a produção da cultura e vão considerar parâmetros como variações de temperatura e precipitação pluviométrica em cada fase fenológica nas quatro estações do ano.

“Vamos investigar a coerência dos padrões de respostas morfofisiológicas das oliveiras em relação às condições climáticas ao longo dos anos agrícolas, para identificar tendências e variações, além de avaliar os impactos positivos e negativos das condições climáticas sobre a produção de frutos e a qualidade do azeite”, informa Pedro.

“Esses dados são fundamentais para calibrar modelos de crescimento e produção de plantas, bem como para prever como as mudanças climáticas podem impactar a cultura, auxiliando os agricultores na tomada de decisões”, complementa.

Os dados da Estação Meteorológica podem ser consultados em tempo real: https://wsclima.com.br/estacao/1189.

plugins premium WordPress